Estação Ouro Preto
A estação de Ouro Preto está inserida em uma região de uso residencial, misto e lazer que tornam a área do projeto um local estratégico, estando a menos de um quilômetro dos principais marcos turísticos da cidade. Por essas características, a estação tem vocação para ser não apenas um equipamento de transporte interurbano, mas um polo atrativo de grande relevância turística e urbanística para o centro histórico.
A edificação, construída em estilo eclético, com base barroca, integra o conjunto arquitetônico tombado do sítio urbano histórico de Ouro Preto. Como tal, não sofrerá alterações visíveis de fachada, com as obras de revitalização estando concentradas no pátio da estação, no leito ferroviário, e no interior da edificação principal. Nenhuma parede histórica será demolida, realizando-se as demolições apenas sobre elementos construídos ao longo do tempo e que não agregam valor estético-construtivo e histórico à edificação. Todas as alterações arquitetônicas seguem o princípio de reversibilidade, sem agredir ou modificar permanentemente a edificação.
Por ser uma construção antiga, os equipamentos de circulação da estação não se adequam às normas de acessibilidade atuais e necessitam de intervenção: a estação não possui elevadores ou rampas para acesso ao segundo pavimento, apenas uma escada interna. Em resposta, foi proposta a instalação de um elevador ao lado da escada preexistente como forma de acesso PCD. Ainda no tocante à acessibilidade da circulação, para melhor adequar o acesso dos visitantes à edificação e proporcionar maior conforto na chegada e saída de pedestres, foi proposta a regularização das rampas laterais preexistentes. Além disso, foram previstas também duas unidades sanitárias para suprir a falta de instalações PCD para atender passageiros e funcionários da estação.
A plataforma de embarque e desembarque, alinhada com a edificação, permanecerá com a cobertura original de “telhas francesas”, sendo restaurada para preservar o material e aumentar a sua durabilidade. Os forros de madeira que estiverem em bom estado de conservação serão mantidos e, quando for necessário, será prevista a reabilitação conforme orientação dos órgãos competentes. Onde não há forro, as vigas treliçadas, tanto de madeira, quanto metálicas, serão mantidas, passando, caso necessário, apenas por processos de restauração, como lixamento e impermeabilização.